- AFINAL, CARRO DE PASSEIO OU TRATOR? -
“o Senhor fez todas as coisas para determinados fins...” Provérbios 16.4
Rev. Nelson França
Cada coisa tem o seu lugar e espaço adequados. Um automóvel de passeio, por exemplo, oferece conforto, velocidade; mas, jamais seria adequado para o serviço do campo, pois, aquele ambiente exige um veículo com características diferentes.
A mesma ideia se aplica ao uso de um trator. O seu uso se adéqua plenamente ao serviço no campo; é lento, como o relevo exige e potente para a execução do serviço pesado; porém, é completamente inadequado transitar numa autoestrada.
Portanto, nenhum fazendeiro com bom senso usaria um sedan para arar as suas terras, nem o empresário usaria um trator para fazer uma viagem de negócios.
Isto não significa que um carro seja mais útil e necessário que um trator ou que um trator seja mais necessário e útil que um carro. Tudo isso dependerá do objetivo que se tem em mente quanto ao seu uso.
Estas coisas se aplicam ao ser humano; pessoas que tem potenciais diferentes que podem ser aplicados nos mais variados fins.
Quando se trata de tratores e carros, facilmente os classificamos para os seus fins adequados. Mas, quando se trata da adequação do ser humano ao seu lugar e espaço, a situação fica diferente.
Um trator jamais se sentiria diminuído por fazer o serviço pesado (até porque ele não sente), um carro jamais se orgulharia do seu conforto e velocidade diante do trator (ele também não sente).
Mas, com o ser humano não é assim. O faxineiro, mesmo sendo o mais excelente na sua área, é possível que se sinta diminuído por ser faxineiro. Da mesma forma, o empresário mais simples pode vir a engrandecer-se, apenas pelo fato de ser empresário.
Entretanto, tudo seria mais fácil se estivéssemos satisfeitos com quem somos e com os nossos potenciais; e, além disso, respeitássemos uns aos outros, reconhecendo a importância que cada um tem diante de Deus, uma vez que Ele é o nosso Criador, nos fez e nos dotou com as características que possuímos, as quais não são para serem comparadas com as dos outros, mas, para serem usadas para o louvor da Sua glória.
Logo, a sabedoria está em conhecermos e respeitarmos o potencial uns dos outros.
O Senhor nos ensina isto ao distribuir os talentos. Quando Ele deu a um servo cinco, a outro dois e a outro um, Ele o fez respeitando o potencial de cada um: “...a cada um segundo a sua própria capacidade...”.
O que precisamos, é conhecer o nosso próprio potencial e usá-lo adequadamente.