Embora os nomes das novas igrejas sejam criativos, até onde sei, ainda não há nenhuma igreja com esse nome, logo, não se trata de nova denominação. Porém, este título sintetiza uma realidade, que, cf. o jornal “O Estado de São Paulo”, está cada vez mais presente em nossa sociedade.

Segundo artigo sobre o Censo, publicado no dia 08/07/12, no referido diário “...o número de evangélicos sem laços com uma igreja determinada aumentou mais de quatro vezes entre 2000 e 2010...”. Isto significa que muitos que se declararam evangélicos ao referido Censo, declararam também, não fazer parte do corpo de membros de nenhuma igreja.

Com certeza, esse não é um bom diagnóstico. Pois, de um lado, esse número de crentes, ainda que possam ter uma expectativa de tornar efetivamente a congregar, estão, por alguma razão, afastados de sua igreja. Por outro lado, esse mesmo diagnóstico, pode indicar que esse número de crentes, optou, por uma vida cristã “autônoma”, sem vínculo, com qualquer ministério evangélico.

Ambas as possibilidades são tristes. Cf. a primeira, o crente afastado, poderá passar a vida, apenas satisfeito com sua expectativa de voltar a congregar; sem que em tempo algum tome qualquer decisão sobre isso.

Na segunda, o próprio crente, movido por justificativas pessoais, equivocadas, conscientemente se aliena da igreja, resistindo “biblicamente” a todo apelo que recebe para voltar.

Assim, se Deus acrescenta os salvos à igreja (At 2:47), como pensar que é melhor viver separado? Se a eles, Ele recomenda que não deixem de congregar (Hb 10:25), como pode alguém, em sã consciência defender o contrário? Se através do salmista, Ele enaltece a união dos irmãos (Sl 133:1), como se pode desprezar isto? E ainda, como ignorar que as mais célebres figuras referentes à igreja indica coletividade: rebanho, corpo, comunidade, povo, assembleia, comunidade, exército, etc.?

Na verdade, só o Senhor pode definir os que vivem desvinculados de igreja: Crentes de “nenhuma igreja” ou “Crentes” de nenhuma igreja.