PRISCILA E ÁQUILA – UMA PARCERIA EXEMPLAR
“Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus” (Romanos 16.3)
Rev. Nelson França
Priscila e Áquila eram mais que amigos de Paulo. O apóstolo na verdade os chama de cooperadores; mas com um detalhe importante: cooperadores em Cristo Jesus.
A parceria vivida por esse casal ia além da vida a dois, dos interesses pessoais.
Ambos eram parceiros no ministério de Paulo.
É curioso, que sempre ao mencionar o nome do casal Paulo cita o nome de Priscila em primeiro lugar. Isto pode indicar que ela era mais ativa do que Áquila.
A vida desse casal com relação à sua parceria no evangelho é algo exemplar. Ainda que Priscila até pudesse ser mais ativa em seu envolvimento, Áquila estava com ela.
Ao contrário da parceria de Ananias e Safira, que visava um interesse particular, apenas dos dois, a parceria desse casal amigo de Paulo glorificava a Deus, porque ela se estendia ao serviço cristão, ao reino de Deus.
Esse é um tipo de parceria raro. Na verdade, mesmo entre os casais cristãos, em muitos lares há divisão, no que se refere ao envolvimento deles com a obra de Deus. Por vezes, ao invés de cooperação mútua em prol do evangelho, como é o caso do casal em questão, há, sim, cobrança individual entre os cônjuges, quanto a interesses pessoais.
Enquanto, que Priscila e Áquila se apoiavam mutuamente na atuação em prol do reino de Deus, muitos cônjuges inibem o outro de participar mais efetivamente da obra.
Por certo isto ocorre devido o fato que o tipo de parceria com a obra de Deus, como o de Priscila e Áquila, sempre tem um preço; que na vida do casal, mesmo a parte menos envolvida terá de pagar.
Cf. Rm 16.4, o nosso casal foi parceiro no risco da própria vida pelo evangelho.
Contudo, entre nós, por muito menos que isso, mas, muito menos mesmo, esposas e maridos desanimam um ao outro de servir a Deus. Algo mais que o ministério exija e pronto, uma das partes rompe imediatamente a parceria. Usamos até a “falsa parceria”; basta um dos cônjuges por alguma razão, aos nossos olhos, ser injustiçado no ministério e partimos em sua “defesa”, desanimando-o(a) de continuar a servir a Cristo.
O fato, é que a benção de uma parceria como a de Priscila e Áquila é abrangente. Veja que alcançou a “todas as igrejas dos gentios” cf. Rm 16.4.
De acordo com Rm 16.5, a parceria deles envolvia não só cooperação e sacrifício, mas, também desprendimento, pois na casa deles se reunia uma igreja.
Enfim, que tipo de parceria nós temos cultivado?
A nossa parceria conjugal coopera com a obra do reino de Deus?
Esposa! Esposo! Se esforce por fazer sua parte.