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“... Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.”

(João 6:12)

Rev. Nelson França

O texto selecionado para esta meditação, faz parte do relato acerca do milagre da multiplicação dos pães e peixes (João 6:1-15), evento este, registrado em todos os evangelhos.  Segundo o apóstolo e evangelista Mateus, que relata a mesma situação, aquele era um contexto emergencial (Mateus 6:15).  A multidão estava faminta, o lugar era deserto e a hora avançada. Os únicos alimentos disponíveis eram “cinco pães de cevada e dois peixinhos” (João 6:9). Nessa ocasião, Jesus multiplicou os pães e os peixinhos, sendo alimentados “cinco mil homens, além de mulheres e crianças” (Mateus 14:21).  Sem dúvida, são muitas as lições que podem ser extraídas deste grandioso evento. Entretanto, voltaremos a nossa atenção tão somente para uma atitude de Jesus, que embora de aparência simples, é muito interessante.   Nela, cf. o nosso texto base, vemos que após todos estarem fartos, Jesus ordenou que se recolhesse o que sobrou para que nada se perdesse.   Esta atitude do Senhor tem muito a nos ensinar, porque se houve alguém que jamais precisaria se preocupar em economizar, este foi Jesus. Ele é o Senhor de todas as coisas. O salmista declara: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.” (Salmo 24:1).  Contudo, Ele, o Senhor de todas as coisas nos ensina o princípio do não desperdiçar. É importante considerar que os discípulos dificilmente pensariam em recolher as sobras. É mais provável, que contariam sempre com o milagre de Jesus. Mas, cf. o texto, ainda que fossem apenas pedaços, Jesus ordenou-lhes que as sobras fossem recolhidas e que nada se perdesse.  Muitos, por não observar este princípio, não dão o devido valor às “sobras”. Não se preocupam com o depois. Não contam com necessidades imprevisíveis. Não vêem as sobras como algo a ser cuidadosamente recolhido, como disse Jesus, “para que nada se perca”.

 Alguns, não somente fazem um mau uso das sobras, mas, contando que elas sempre ocorrerão, as “consomem por antecipação”. O resultado disso tem sido desastroso na vida de muitos.  Num mundo profundamente consumista, como você se relaciona com as possíveis sobras? Será que as dificuldades de hoje não são resultados de um mau uso das sobras de ontem? Aprendamos com Jesus a recolher as sobras, ainda que sejam apenas pedaços, ”...para que nada se perca”.                                                                                                                                              

 

                                                            

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